terça-feira, 8 de março de 2011

Tinha que escrever isto...


E quando preciso de escrever as coisas mais simples como esta, apenas duas palavras de agradecimento, “Obrigado a todos”, “Agradeço pelo ânimo que me têm doado”, “Bem aja”, meras palavras que expressem os meus verdadeiros sentimentos, é que fico estacado sem saber o que redigir, a praguejar com o computador, para depois me lembrar que ele não tem culpa e, por isso, pedir-lhe desculpa…
E, esgravatando os confins das entranhas do meu âmago, descortino uma recordação, uma comoção imensa, intemporal; e, com um pedacinho de memória da infância, outra da adolescência, começa-se a delinear um subtil fio condutor que me instiga a escrever, a escrever…
E, por breves momentos, levanto-me, olho através da vidraça as luzes citadinas, mas preciso de sentir a grandeza da vida, Abro a janela. A brisa fresca arranha-me levemente o rosto, e tudo se expande, expande-se talvez apenas a minha consciência, porém, o universo revela-se-me infinito, eterno…
Pergunto-me silenciosamente como um eco que vai e vem sempre ressoando na minha mente, “Agradecer a quem?”, mas esse, “quem”, já abarca todas as respostas que badalam agora no meu espírito numa vibração divinal, “Agradecer a Deus”, “Agradecer ao universo”, “Agradecer à vida”, “Agradecer a todos”, “E, principalmente, agradeceres a ti mesmo”. Penso fazer o que o meu ser despido do ego me sussurra ao ouvido interno, mas não compartilhá-lo neste post, ocultar este parágrafo.
“Criancinha”, “Frágil”, “Tem juízo”, “Que vergonha!”, balbucia o ego como um real senhor autoritário… Mas subitamente, eis que se dissolvem os murmúrios, e fica só o silêncio, e fica só o amor, e fica só mais não sei o quê….
Deixo-me cair de joelhos no chão, as lágrimas derramam-se-me pelo rosto, e clamo, “Obrigado Fernando”, mas, veloz como um relâmpago, vislumbro sucessivos rostos… E entendo que todos os que se têm cruzado no meu caminho são parte integrante do meu ser, e entendo tantas outras coisas…
Mas neste momento, não necessito de entender nada, só preciso de abrir o meu coração e dizer, “Obrigado a todos, pela coragem que me têm doado, por terem sempre acreditado em mim, na minha potencialidade de, “ser”, pelas palavras sinceras, pelos sorrisos, pelos carinhos, por todas as coisas maravilhosas que vocês são e que fizerem de mim uma pessoa mais “humana”, “Mil vezes obrigado”.
E então agora vêm as palavras finais de agradecimento, “Bem aja”, “Que as vossas vidas sejam abençoadas”.

1 comentário:

  1. Caro ESCRITOR
    A escrita é nossa amiga, guardiã e dadora de vida. Escrever é um ritual poderoso, marca uma mudança na vida, o assumir de uma nova responsabilidade, - é uma experiência espiritual profunda. Estamos propositada e conscientemente a criar um compromisso eterno.
    É importante e urgente consciencializarmos a riqueza da escrita, para melhor entender as leis mais profundas da própria Vida e da eternidade.
    Continue meu querido Amigo. O sonho não tem limite e, por isso, continue a sonhar. Só ele pode alimentar verdadeiramente a vida.
    Abraço e até breve.

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