domingo, 13 de fevereiro de 2011

E hoje deu-me para isto…

P
Considero-me uma criatura contemplativa, porém, não tenho o salutar hábito de escrever poesia. Mas hoje deu-me para isto, deve ser do dia estar melancólico.

Momento presente
A chuva fustiga a janela da sala da minha casa.
A ventania rodopia e uiva como uma fera violenta.
E, como uma raiz, o meu nariz
firmo-o no vidro.
E voo levado no sopro do vento,
Embalado no cântico
Dos chuviscos vigorosos.
E agora sou asas invisíveis, nuvens, cometas, planetas, estrelas…
Sou a essência da vida, eternidade, energia…
Sou átimos, pensamentos, ideias…
Sou o todo e não sou nada,
Porque não sou aquilo que ainda penso que sou.
E desvaneço-me na liberdade deste momento presente.

1 comentário:

  1. E deu-lhe muito bem! . . .
    É uma delícia ler os seus textos e agora, uma vez mais, vem maravilhar-nos com um belo texto poético. . .
    Já conto com os seus textos e, por isso, não pode desiludir-nos. Tem de continuar a escrever e a partilhar toda essa genialidade. Acredite na sua capacidade de transmitir beleza!
    Parabéns e cá fico à espera do novo pensamento.
    Abraço.

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